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  • Foto do escritorGilberto Cardoso

Amor... e outras coisas.

Quando uma pessoa me questiona sobre “o que é amor pra você?” respondo algo mais ou menos assim:



O Amor é uma energia pura, é a própria vida, o fluir de tudo o que há.

É a Existência em si, a fonte, aquilo que equivocadamente chamamos de Deus, para o qual damos uma personalidade segundo nossas próprias crenças. Mas não importa, Ele, o Amor, continuará sendo o que é.


Me dizem;

- Amor é um sentimento.


E eu digo;

– Discordo.


Discordo porque o Amor está muito além de um sentimento.

Quando usamos a palavra sentimento estamos nos referindo à um decodificador, ou seja, nossos sentimentos são a maneira como vemos o mundo e eis que o Amor está além disso, pois esta energia não depende da nossa visão das coisas, se dependesse não seria Amor, mas sim, Ego.



Ora, onde quero chegar com tudo isso?


Simples, tenho visto inúmeras pessoas se decepcionarem em seus relacionamentos conjugais e dizem que a culpa é do Amor. Total inocência pois que não há como nós, em nossa ignorância, afetarmos a existência do Amor numa relação.

Acredito que o que pode acontecer, isso sim, é o indivíduo perder-se em seu próprio Ego (experiência pela qual eu mesmo passei) e na sua concepção de Amor, acabar quase que querendo que o “outro” se torne “sua imagem e semelhança” como se a vida fosse um conto Bíblico. E não é.


Mergulhados no Ego um casal, sem perceber, mergulha num abismo profundo de total desgaste emocional e mental e é comum um ou até mesmo ambos, acharem que não há Amor na relação. Não é tão simples assim.

Envelhecem juntos na maioria das vezes dois tipos de casais, aqueles que se acomodam e pensam “ruim com ele(a), pior sem ele(a), mesmo quando já possuem consciência de que não há mesmo um sentimento Maior a uni-los ou aqueles que, estes sim, se tornam felizes ao perceber que o Amor é livre e paira sobre a relação como um Anjo Guardião independente do outro ter se tornado exatamente aquilo que se desejava.

Ele(a), o outro, continua sendo o outro, porém, dentro de um contexto chamado relação.


Não há como “sofrer por amor”, nem “decepcionar-se com o amor”, muito menos “desiludir-se com o amor”, etc...

Quem faz tais afirmações, perdoe-me, mas está sendo ingênuo pois a única coisa capaz de proporcionar-nos decepção é a “forma que escolhemos para supostamente entrar em sintonia com o Amor.”

Tentamos nos conectar com o Amor Verdadeiro através do amor conceitual. Quebramos a cara e quebraremos sempre até entender que o Amor é fonte, energia pura, liberdade total sem medo, sem carências afetivas, é um mergulho no outro, porém, através de si mesmo.


Se quero mergulhar fundo no oceano do outro, que eu o faça dando o salto através de minha própria "Nascente".


Mergulhar fundo no outro, diretamente no oceano que ele(a) é...

...é afogamento certo.




Gilberto Cardoso

Massoterapeuta

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